sábado, 19 de agosto de 2017

Secretário da Saúde admite rediscutir protocolo do Samu Natal

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Natal se recusou a ir até o local onde estava baleado o advogado Rodrigo Paiva, de 37 anos, no sábado (12), porque não havia polícia no local. Um áudio do chamado de uma mulher ao socorro médico circulou pelas redes sociais e mostrou o momento em que o funcionário público, de forma ríspida, disse que a mulher entrasse em contato primeiramente com a polícia, para que pudesse encaminhar ambulância. O advogado havia sido baleado no tórax e teve fígado, estômago e pulmão perfurados. No final da manhã de ontem (18), o secretário municipal de Saúde de Natal, Luiz Roberto Fonseca, admitiu que o protocolo do Samu merece ser rediscutido.

De acordo com o secretário de Saúde de Natal, Luiz Roberto Fonseca, o protocolo do Samu foi seguido, apesar de admitir que o tom utilizado pelo médico não foi o ideal e soou jocoso. "Sei de que médico se trata, é um dos melhores do Samu, e preciso entender em que situação se deu, para aí sim chamá-lo para conversar. Tem que analisar as colocações que foram feitas, embora ele não tenha errado na regulação. Talvez a forma como teve, pode ter havido um tom jocoso e vale a pena conversar. Protocolarmente, não houve erro", explicou Luiz Roberto Fonseca.

O secretário explicou que, em casos de feridos a tiros, descargas elétricas ou incêndio, é protocolo do Samu que a Polícia e o Corpo de Bombeiros, respectivamente, atuem para evitar que os socorristas possam se tornar novas vítimas. "O que vejo é que o próprio Samu poderia ter entrado em contato com a Polícia. Esse caso nos mostra que é preciso uma reflexão do Poder Público sobre a questão de despacho imediato. É um incidente mostra que os protocolos devem ser revistos", disse o secretário, que confirmou que o médico será ouvido sobre o caso. Ainda de acordo com Luiz Roberto Fonseca, o Samu teria chegado ao local 11 minutos após o chamado.

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