Cerca de 50 mulheres realizaram na manhã desta sexta-feira (24) um protesto em frente a Governadoria, no Centro Administrativo de Natal, entre elas, esposas, mães e filhos dos detentos do Pavilhão 5 – Penitenciária Estadual Rogério Coutinho Madruga – do Complexo Penitenciário de Alcaçuz, que são ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital). As mulheres exigem do Governo do Estado uma resposta sobre a atual situação dos internos.
No último dia 20, 800 presos dos pavilhões 1, 2 e 3 foram transferidos para o presídio Rogério Coutinho Madruga , chamado pavilhão 5. As mulheres temem uma nova rebelião, alegando que a operação pode trazer consequências maiores a qualquer momento.
“Uma bomba relógio, o nome daquilo ali se chama bomba relógio, a única coisa que o Governo quer é que eles morram para abrir mais vagas, porque o sistema carcerário brasileiro é falido, não só no Rio Grande do Norte”, afirma a esposa de um detento.
Há 2 meses sem visitar os presidiários, as mulheres ameaçam em continuar fechando as ruas, caso o Governo insista em não dialogar com elas. Segundo informaram, a Força Nacional exige o documento de união estável com os presos, para liberar as visitas.
“Todos nós temos direitos, inclusive eles que erraram, mas estão pagando por isso, nem todas nós temos condições de pagar pelo documento de união, que custa R$ 313, e pra entrar agora estão quase obrigando a fazer um casamento. Ou o governador nos recebe, ou vamos tocar o terror aqui fora”, afirma a esposa de outro detento.
Segundo as mulheres, a situação interna dos apenados é critica, muitos estão sem alimentação, sem cuidados básicos de saúde e ainda relataram que mais mortes aconteceram devido a falência e as péssimas condições da unidade.
“Eles estão sem comida e água e quando pedem alguma coisa, apanham. Tem detentos doentes, até vomitando sangue, mas ninguém toma nenhuma previdência.”
Natal Notícias
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