A equipe da Inter TV Cabugi teve acesso aos três pavilhões nesta segunda-feira (24). O projeto inicial era desativar a maior penitenciária do Rio Grande do Norte, mas, com o tempo, a conclusão foi de que Alcaçuz ainda teria um futuro pela frente.
"Aqui é um excelente presídio, ele é isolado. Precisa de algumas reformas, já que é um presídio antigo, mas as reformas estão sendo feitas", explicou o agente federal de execuções penais André Fernandes.
Depois do muro que separou os pavilhões 4 e 5 dos demais, a Secretaria de Infraestrutura iniciou a reconstrução dos pavilhões 1, 2 e 3. A obra é feita com dispensa de licitação e custou ao estado R$ 1,9 milhão. Cerca de 150 operários se revezam em 3 turnos para dar conta do trabalho. Quarenta deles concentrados só no pavilhão 3, onde as obras estão mais perto da conclusão.
Para evitar novas fugas, o piso foi reforçado com outra camada de concreto. As caixas de esgoto, por onde os presos cavavam grande parte dos túneis, estão do lado de fora dos pavilhões. Três cortinas de grades foram instaladas para facilitar a movimentação de grupos específicos de presos. O sistema de trava das celas ganhou um novo reforço e eliminou os cadeados.
O contato dos agentes com o preso ficará restrito. Uma janela no alto ajuda na visualização das alas, o que antes não existia. Dentro das celas, caixas acrílicas com 10 centímetros de espessura garantem que a fiação elétrica seja protegida. No pavilhão 2 a estrutura é diferente: as celas têm capacidade para até 13 presos, mas as normas de segurança se repetem com trancas protegidas, três guaritas e uma passarela por onde os agentes podem circular aumentando a vigilância do local. O governo do estado planeja a entrega do primeiro pavilhão na próxima semana e os demais dentro de 30 dias.
"Até o final do mês de maio queremos entregar os outros dois pavilhões que estão faltando", disse o titular da Secretaria de Infraestrutura, Jader Torres.
Atualmente cerca de 106 homens da Força Nacional de Intervenção Penitenciária ajudam na condução dos presos que estão contidos no pavilhão 5 de Alcaçuz. O grande desafio quanto tudo estiver pronto é garantir que o controle da penitenciária fique mesmo nas mãos do governo do estado.
Para isso, o governo deverá agilizar a chegada de novos agentes que aos poucos substituirão a Força Nacional Penitenciária. "Logo que for reformada Alcaçuz, todos os apenados estarão dentro das celas e os procedimentos adotados aqui irão contê-los e também vamos trazer trabalhos sociais para fazer eles interagirem melhor com a sociedade logo que saírem da cadeia", disse Ivo Freire, diretor do presídio.
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