quinta-feira, 6 de abril de 2017

'Nós vamos reduzir esses números', diz secretário de Segurança do RN sobre homicídios

O secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Caio Bezerra, afirmou que a quantidade homicídios no Rio Grande do Norte vai diminuir. "Nós vamos reduzir esses números. Inclusive, observamos uma diminuição em março, em relação ao mês de fevereiro", declarou.

Caio Bezerra atribuiu a maioria dos assassinatos ao tráfico de drogas. De acordo com ele, entre 65% e 70% são crimes relacionados de alguma forma ao tráfico. "Essas são informações a partir de investigações oficiais em locais de crime. Não é que estejamos usando isso como desculpa, mas precisamos observar esses dados até para termos um diagnóstico e focarmos no problema".

O secretário falou que, pelos dados oficiais da Sesed, até o dia 31 de março deste ano foram 599 crimes letais de violência intencional. Caio Bezerra disse ainda que não contesta os dados do OBVIO, que faz levantamento estatísticos de CLVIs no estado, e aponta, até esta quinta-feira (6), 642 homicídios no Rio Grande do Norte.

"Estatisticamente falando não há diferença entre esses números com os da Sesed. No entanto, precisamos levar em consideração que o órgão oficial que atesta uma morte como crime letal de violência intencional é o ITEP".

Ainda sobre as motivações dos assassinatos, Caio Bezerra fez referência ao envolvimento de facções na guerra pelo tráfico. "Sabemos que essa questão do tráfico de drogas está muito relacionada ao conflito estabelecido entre grupos criminosos rivais no estado. E estamos tentando combater esse tipo de crime. Com um trabalho persistente investigativo e de policiamento ostensivo nós vamos reduzir esses números de mortes violentas".

Ele ressaltou que o governo do estado está adotando medidas, como segregar os presos em celas. "É uma medida importante para diminuir a violência nas ruas. Além disso, estamos com a Força Nacional reforçando o policiamento ostensivo e isso está refletindo nos índices. Para se ter uma ideia, nos casos de roubos, que também é um crime violento, nós atingimos uma redução 30% nos primeiros três meses do ano".

Caio Bezerra cita ainda que em 2017 foram efetuadas cerca de 1.300 prisões, mas lembrou que muitos desses presos são liberados em intervalo curto de tempo. "Nós temos que ter medidas de combate a impunidade. Isso é muito mais complexo do que somente o trabalho da Segurança Pública", finalizou.

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