O Governo do Estado não dá detalhes sobre a transferência. De acordo com o advogado de Arcanjo, Paulo Fabrini, a falta de informações se deve ao caráter sigiloso da operação.
“Enquanto advogado, eu não tenho essas informações. Tudo foi feito a partir de uma operação sigilosa de Brasília, feito através do Departamento Penitenciário Nacional", afirmou o advogado.
"O prazo máximo determinado pelo juiz corregedor da Penitenciária Federal foi de 30 dias a contar da data que a decisão foi publicada, 15 de agosto. Quando eu liguei lá, me informaram que há transferências realizadas em 48 horas, e também transferências que levam um mês para serem feitas”, comentou Fabrini.
O retorno acontece em meio à greve dos agentes prisionais, que reivindicam melhorias na estrutura. De acordo com o presidente do Sindspen, João Batista, a vinda do ex-bicheiro dá mais ênfase às falhas estruturais das penitenciárias mato-grossenses.
“De um jeito ou de outro, o Estado terá que trazer ele de volta. Nós temos receio porque, ao longo deste tempo, o Governo deveria ter construído uma unidade adequada para poder abrigar tanto ele quanto outros presos que trabalharam com o Arcanjo no passado. O Estado não cumpriu com a sua parte, não construiu novas unidades. Ao invés disso, ficou criando puxadinhos nas unidades existentes”.
A assessoria da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) alega não possuir confirmação sobre a data do retorno. Responsabilidade do Departamento Penitenciário Nacional, a transferência é uma operação de segurança e não há comunicação com antecedência.
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