A Potigás, que detém o monopólio da distribuição no RN, aumentou em 9 mil clientes nos últimos três anos, pulando de 13 mil para 22 mil. Mas o presidente da companhia, Carlos Alberto Santos, já admite que o boom de interesse pelo gás encanado, inflado pela greve dos caminhoneiros, foi um grande empurrão nos negócios da empresa. “Deve se refletir dramaticamente no crescimento das operações da companhia em 2019”, prevê.
Segundo ele, a política agressiva de crescimento da empresa, que construiu 400 quilômetros de rede de encanamento de gás em Natal e região metropolitana, foi atropelada pelos últimos acontecimentos. “Os consumidores pela primeira vez ficaram com medo de ficar sem fornecimento de gás por causa de problemas logísticos de entrega”, analisa.
Isso fez com que a Potigás reavaliasse a possibilidade de incluir novas ligações fora da programação em 2018. Consumidores visitados pela empresa e que não manifestaram interesse no serviço anteriormente devem ser os primeiros revisitados. É que muitos deles voltaram a pedir informações nas últimas semanas, depois da falta de botijões nas distribuidoras ocasionada pela greve dos caminhoneiros.
“Nesses casos, poderemos fazer o encaixe por se tratar de uma demanda sazonal, o que não interfere no planejamento traçado no ano anterior”, explica o presidente da Potigás.
A economia do gás encanado em relação ao chamado gás à granel – aqueles dos grandes botijões que recebem recarga dos fornecedores – é entre 20% a 30%, em média. O metro cubico do gás a granel oscila entre R$ 4,70 a R$ 5,50.
O efeito pânico da greve dos caminhoneiros pode produzir em 2019 um novo recorde de receita da Potigás, depois do histórico balanço de 2016, quando a companhia exibiu um crescimento de 92%.
Agora RN
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