Além dos 465 tripulantes, pode transportar cerca de 800 fuzileiros prontos para combate, um esquadrão de blindados de ataque, lanchas de desembarque anfíbio e veículos de emprego geral. Em missões humanitárias, os conveses inferiores têm capacidade para receber um hospital de emergências configurado para realizar atendimentos e cirurgias complexas. O Atlântico custou 84,6 milhões de libras esterlinas, cerca de R$ 350 milhões ao câmbio de dezembro de 2017, quando o negócio foi fechado, em Londres. O pagamento será feito em parcelas.
Para o comandante da Marinha, almirante Leal Ferreira, o PHM “aprimora a realização de tarefas do Poder Naval, como a projeção de poder em terra e o controle de áreas marítimas”. Segundo Leal Ferreira, “as características do navio ampliam as possibilidades de atuação em operações de paz e na assistência às populações vítimas de desastres naturais”. A transferência do navio foi marcada por uma cerimônia de grande tradição nas forças navais, a Mostra de Armamento, em que o escudo com a insígnia da unidade é apresentado e a bandeira do país sob o qual navega é hasteada pela primeira vez. O representante brasileiro na solenidade foi o almirante Ilques Barbosa Jr, Chefe do Estado Maior da Armada.
O Atlântico passou por um período de dois meses de manutenção e revisão. Recebeu a cor regular, cinza, da frota militar brasileira, o novo nome e a matrícula de identificação. O ciclo, envolvendo cursos de familiarização e de treinamento com os sistemas de bordo, foi acompanhado pelos integrantes das primeiras equipes de tripulantes. O A-140 chegará em agosto ao Rio de Janeiro. Construído entre 1995 e 1998, o navio passou por uma ampla modernização entre 2012 e 2014. Antes, faz uma escala em Portugal. O porta-helicópteros vai ter uma ala aérea em condições de operar com todas as aeronaves de asas rotativas em uso pela Marinha: os grandes Seahawak Super Puma e Cougar, combinados com os médios Linx, Esquilo e Bell Jet Ranger. O convés de voo permite atuar com sete deles simultaneamente. A composição será sempre variada, ajustada de acordo com cada missão programada.
Embora o sistema de armas embarcadas tenha perdido os canhões de tiro rápido Phalanx (de controle eletrônico e destinados a barrar mísseis anti-navio) e certos tipos de granadas de artilharia (não incluídos no pacote da venda pelo governo britânico), o PHM manteve quase todos os recursos digitais avançados entre os quais o poderoso radar de designação de alvos e controle de área, o Artisan. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Agência Estado
Nenhum comentário:
Postar um comentário