“Nossa planta vai funcionar próximo de uma plataforma em Ubarana”, declarou Miranda, citando o campo que conta com 14 plataformas fixas na costa de Guamaré. Foi nesse complexo, inclusive, onde a Petrobras começou a estudar a viabilidade da geração de energia eólica no mar, em estruturas chamadas de offshores.
“Em 2013, fizemos um projeto para medir o vento no mar. Colocamos uma torre de medição na plataforma PUB-2 e, ao lado desse equipamento, um aparelho de raio laser. Calibramos esse aparelhinho em conformidade com a torre, da qual já conhecíamos a precisão, e depois começamos a fazer a medição em outros pontos, criando assim um mapa eólico”, explicou.
A vantagem da geração no mar é que os aerogeradores, ou turbinas eólicas, podem ter capacidade maior do que os instalados em terra, devido a possibilidade de maior altura dos equipamentos e à constância mais perene dos ventos no mar. “Sobre as águas, o vento praticamente não para, diferente do que acontece na terra”, ressaltou Miranda.
Em entrevista concedida ao PORTAL NO AR na última quarta-feira, 25, o presidente do Conselho de Energias Renováveis da FIERN, Sérgio Azevedo, explicou as razões que levaram a Petrobras a querer instalar a planta-piloto no Rio Grande do Norte. “Além do enorme potencial eólico do nosso Estado, o Rio Grande do Norte tem também a vantagem de ter uma costa de baixa profundidade, se comparada com outros Estados, e isso implica em menor custo na implantação das estruturas offshore”, analisou Azevedo.
Portal no Ar
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