Candidato a deputado estadual pelo PSL, o oficial argumenta que os agentes da PM precisam ter confiança no governo para trabalhar. “O governo perdeu a credibilidade junto aos agentes de segurança. Não cumpre promessa. Sua palavra é como um risco na água. É preciso reconquistar a confiança dos operadores, respeitando a legislação e os direitos dos policiais”, aponta.
Segundo o coronel, outra prioridade da futura gestão deverá ser a destinação de mais recursos para custeio da PM. André Azevedo registra que a verba para a corporação caiu significativamente durante a atual gestão. “Foram R$ 11 milhões a menos apenas em 2018. Hoje, por causa disso, os policiais cozinham e têm de pedir, nas cidades, socorro aos prefeitos. É um desmantelamento completo da máquina”, afirma.
O ex-comandante da PM defende a realização imediata de concurso público para repor o efetivo e também a aprovação de uma lei que reformule as competências da corporação. O coronel sugere ainda mais investimento em tecnologia, para dar condições aos policiais de combaterem a violência, e um sistema para medir o nível de satisfação da população e a eficiência dos operadores. “A partir daí a Polícia Militar poderá atuar minimamente”.
André Azevedo diz que também é necessário melhorar a capacidade investigativa da Polícia Civil. Para ele, a criminalidade não se reduz apenas com operação “espanta barata”, ou seja, com forte repressão – mas sim com inteligência. “A taxa média de elucidação de homicídios não chega a 10%. Está muito baixo o índice de esclarecimento de crimes. O bandido não tem medo de investigação, porque milhares de crimes não são investigados”, complementa.
O policial militar diz que escolheu o PSL para ser candidato por causa de Jair Bolsonaro, candidato à Presidência pela sigla. André Azevedo se apresenta como a “opção de mudança no RN que Bolsonaro representa para o Brasil”. “Somos, assim como ele, conservadores nos costumes e liberais na economia. Temos de reduzir o tamanho do Estado para que o mercado se desenvolva”, resume.
Agora RN
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