Os dados estão no relatório mensal divulgado pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, consolidados na última segunda-feira, 3, com base no número de emplacamentos registrados durante o mês. A Fenabrave representa mais de 7.400 concessionárias espalhadas pelo território nacional.
Na avaliação do diretor regional da Fenabrave no RN, Arnon César Ramos e Silva, os números de emplacamentos de agosto refletem, em parte, o maior número de dias úteis de agosto. Ele diz que não se surpreenderia se setembro fechasse com uma ligeira retração nas vendas, já que é um mês com apenas 19 dias úteis contra os 23 dias úteis de agosto.
Arnon chama atenção também para o fato de que os consumidores ainda estão digerindo com cautela o momento político-institucional do País e isto se reflete no grau de confiança do consumidor. Para ele, outro fator que sempre acompanha o mercado de veículos novos é a diferença no poderio econômico nas regiões mais bem servidas pelo agronegócio, que junto com a indústria pesa no perfil econômico das regiões. “E isso influência no consumo de bens duráveis como o automóvel”, conclui.
Relatório
Segundo a Fenabrave, foram comercializadas em agosto no Brasil 352.432 unidades, entre automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros, contra 306.708 em julho deste ano.
Em relação a agosto do ano passado, quando foram vendidas 305.262 unidades, a alta registrada foi de 15,45%. As 2.350.661 unidades comercializadas de janeiro a agosto de 2018 representaram crescimento de 13,2% sobre igual período do ano passado, quando foram emplacados 2.076.635 veículos.
Com 23 dias úteis, a média diária de vendas de agosto apresentou no País uma alta de 9,9% em relação à média de julho. Isso representou, ainda no segmento de automóveis e comerciais leves, uma alta de 14,73% em agosto sobre julho, totalizando 239.245 veículos licenciados, contra 208.531 do mês anterior.
Se comparado com as 209.855 unidades vendidas em agosto do ano passado, o resultado mensal aponta alta de 14%. De janeiro a agosto, no país, esses segmentos cresceram 14,13%, somando 1.574.966 unidades, contra 1.379.951 no mesmo período de 2017.
Outro fator apontado coimo responsável pelo súbito aquecimento nas vendas de agosto está associado à greve dos caminheiros, em fins der maio. À época, com as estradas bloqueadas, milhares de veículos não foram entregues pelas montadoras às concessionárias. Ao alcançar o maior resultado para um mês desde janeiro de 2015, o mercado apenas retorna a níveis do início da crise econômica.
Agora RN
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