quarta-feira, 3 de outubro de 2018

‘Criminosos conhecem roteiros dos carros-fortes’, diz associação

Resultado de imagem para ataque a carro forte no rn
A Associação Brasileira de Transporte de Valores (ABTV), que representa 90% da atividade no Brasil, diz que o número de ataques a carros-fortes tem aumentado nos últimos 12 meses no país. Só este ano, foram 17 na Bahia.

“Não é só aumento de notícias. A quantidade de ataques aumentou com algumas características específicas. A primeira delas é que os criminosos hoje têm acesso muito fácil a armas de grosso calibre, a explosivos e a informações sobre roteiros de carros-fortes”, avalia o diretor-presidente da ABTV, Ruben Schechter.

A explicação dada por ele coincide com a análise feita por um dos funcionários do supermercado Extra, onde um carro-forte foi atacado na tarde desta terça-feira (2). Segundo o trabalhador, os assaltantes certamente já sabiam que uma das portas de acesso ao estabelecimento era mais deserta.

“Nessa atividade como a de hoje, percebe-se que os criminosos passaram a prestar mais atenção (no local). Eu diria que foi mais um crime de oportunismo”, completa Ruben Schechter.

Questionado se o aumento no número de ataques tem relação com medidas adotadas para combater outras modalidades de crime, como o ataque a caixas eletrônicos, Schechter negou. “Acredito que a migração das ações para carros-fortes se dá pelo fácil acesso a explosivos e pela eventual possibilidade de se ter uma maior rentabilidade. O caixa eletrônico tem uma pequena quantidade de dinheiro”.

Entre as medidas adotadas para combater os ataques, está o investimento em tecnologia e o treinamento dos vigilantes. “Infelizmente, em relação ao crime, nós estamos sempre um passo atrás, mas estamos atentos”, declarou.

Na semana passada, Schechter esteve em Salvador para uma reunião com o secretário da Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, a fim de fazer algumas sugestões e pedir por apoio.

Um grupo de trabalho foi formado, contento membros das polícias Civil, Militar e Federal, além das empresas, para troca de informações. “O fluxo de informações já foi realizado e na semana passada teve a operação com uma grande quadrilha que já praticava crimes entre Pernambuco e Bahia”, contou. Ele se referiu à operação que terminou na morte de seis pessoas que tentaram roubar um avião que transportava valores, em Salgueiro (PE).

Correio24horas

Nenhum comentário:

Postar um comentário