O cadeirante Alberto Santos Dumont, 42 anos, atua como vendedor na avenida Hermes da Fonseca, em Petrópolis. Segundo ele, atravessar os semáforos é um desafio. “Para passar, eu me arrisco disputando a passagem com os carros. Se tivesse a faixa as pessoas iriam esperar eu atravessar”, declarou.
O chefe do Setor de Projetos Viários do Departamento de Engenharia de Tráfego da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU), Carlos Milhor, admite que a situação das calçadas em Natal é precária. “Temos feito rotatórias compostas com faixas de pedestres, rampas para travessia de pedestres, abertura de canteiro central no alinhamento das faixas”, explicou.
Segundo o chefe de setor, problemas como esse nos sinais são corrigidos quando detectados. “Foi feita uma correção deste tipo de problema entre na avenidas Prudente de Morais no cruzamento com a Juvenal Lamartine”, disse.
Ele acrescenta ainda que as demandas são muitas. “Às vezes, fazemos um levantamento das áreas mais movimentadas, tanto de pedestres quanto de veículos. Outras vezes, são solicitações que recebemos da sociedade”, declarou.
A falta de padronização das calçadas também tem agravado esta problemática. O secretário de Obras Públicas e Infraestrutura (Semov), Tomaz Neto, explicou que obras dessas natureza não são tão simples. “Apesar de parecem simples, nós temos avanços de muros e paredes de casas sobre as calçadas, jardineiras, fossas, não tem como mudar isso da noite para o dia, é um processo lento”, declarou.
Em 2015, foram iniciadas obras de padronização das calçadas em torno da Arena das Dunas, mas apenas 4% foi concluído. “A Prefeitura reincidiu o contrato com a empresa por improdutividade, o que acarretou em uma briga judicial. Mas, já foi preparado outro processo licitatório para iniciar um novo projeto”, finalizou Tomaz.
Agora RN
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