O fechamento da Fortaleza dos Reis Magos para obras de restauração no início do verão nordestino, quando o Rio Grande do Norte recebe o maior número de turistas, simboliza o abandono e deterioração do Centro Histórico de Natal. Sem conservação na maior parte dos prédios, aos poucos as histórias da cidade e do Estado são apagadas, sumindo das ruas, da vida cultural e do imaginário popular. O turismo, por mais um ano, fica resumido ao “sol e mar”.
Esse é o terceiro verão consecutivo que a Fortaleza dos Reis Magos, o maior e mais antigo monumento histórico do Estado, fica excluído das rotas turísticas das agências de viagem por não ter estrutura e segurança. Inclui-se nessa lista locais como o Teatro Alberto Maranhão, erguido em 1904 e fechado desde 2014, a Pinacoteca, em reformas, e a primeira faculdade de Direito, inutilizada desde 2001. Em anos anteriores, o Teatro Adjunto Dias, de Caicó, e o Lauro Monte, em Mossoró, também estiveram fechados por obras de restauração.
Todos esses prédios significam uma alternativa para a vida da cidade – ou tem o potencial de significar. O secretário de turismo do Estado, Manuel Gaspar, afirma que é necessário que o Estado seja reconhecido não somente por possuir praias e o clima adequado para o turismo, mas também pela sua história. “Dá uma alternativa ao carro-chefe do turismo, que é o sol e o mar. Mostra a história, como o encontro de Roosevelt com Getúlio vargas na década de 40, o descobrimento do Brasil em Touros”, afirma.
Fechados por diversas razões, os prédios costumam enfrentar a burocracia antes de ter as obras iniciadas. O Alberto Maranhão, por exemplo, está fechado desde 2015 por falta de acessibilidade e prevenção de incêndio, mas os reparos se iniciaram somente em junho deste ano. A Fortaleza dos Reis Magos tem estado em penúria desde 2014, quando a gestão ficou nas mãos do Iphan, órgão de patrimônio do Ministério da Cultura, e retornou para o Estado neste ano. Continue lendo aqui...
Tribuna do Norte
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