segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Banhistas reclamam da invasão de ratos na orla de Ponta Negra

Quem passa pela orla da praia de Ponta Negra, cartão postal da capital potiguar, dificilmente vai ver o acúmulo de lixo e sujeira que já se viu em épocas anteriores, resultado da ação diária de cerca de 10 garis, que fazem a limpeza da praia de manhã e a noite. Um novo problema, no entanto, passa a existir e ameaçar a higiene de banhistas e trabalhadores na praia, em especial após o por do sol: os ratos.

“Difícil é encontrar quem não tenha visto ratos por aqui”, contou o comerciante André Henrique, de 42 anos, proprietário de um quiosque na praia de Ponta Negra. A infestação de ratos está diretamente ligada ao enrocamento, as pedras colocadas para proteger o calçadão do avanço do mar. As pedras acabam formando um nicho perfeito para a criação de ratos, que se escondem durante a maior parte do dia e saem a noite para buscar alimentos.

Durante o dia, muitos banhistas sentam nas pedras do enrocamento, local pode onde os ratos transitam durante a noite. A equipe de reportagem da Tribuna do Norte chegou a ver um dos ratos subindo para tentar pegar um coco, que estava jogado nas pedras, na altura do Quiosque 5, na praia. Para comerciantes como André Henrique, a situação é prejudicial. Ele relata que a comunidade tem procurado alternativas para contornar o problema.
A nossa associação dos quiosques fez um programa de desratização, junto com a comunidade. Pegamos aqueles raticidas que a Prefeitura distribui e alguns colocaram em seus estabelecimentos. Mesmo assim é só um paliativo, não é certeza de erradicar o problema”, relatou André. O próprio enrocamento foi uma solução provisória encontrada pela Prefeitura Em novembro de 2015, teve início um estudo para observar a dinâmica da maré na praia e, a partir disso, poder dar uma solução definitiva.

A infestação de ratos que acompanhou a instalação das pedras em 2014 já era esperada pelos comerciantes do local, como relatou Rivaldo Alves, que é garçom em uma das barracas da praia “Desde que botaram essas pedras a gente sabia que ia dar rato, e a gente não pode botar veneno, não pode botar nada nelas, porque é contra a lei, se não os ratos morrem aí dentro, apodrecem e poluem o mar. É uma questão bem complicada, o órgão público tem que fazer alguma coisa”, conta.

A solução se dará por um projeto de “engorda" da orla da praia, o aumento da faixa de areia com mais areia, e sua execução está prevista apenas para 2018, e poderá durar até 8 meses, e vai deixar interditados alguns metros da faixa de areia da praia enquanto é realizado. O engordamento vai custar R$ 56 milhões aos cofres públicos, e deverá deixar a faixa de areia da praia com 30 metros. Até lá, não há perspectiva de solução para a infestação de ratos na praia.

Tribuna do Norte

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