Já o Terminal Salineiro de Areia Branca exibiu uma pequena redução de 3% em sua movimentação – de 2 milhões de toneladas para 1,9 milhão de toneladas.
Mas, o que realmente fez a diferença para o terminal de 84 anos localizado no bairro da Ribeira, foi a safra de frutas para a Europa, iniciada em setembro, que cresceu quase 40% em relação ao ano anterior.
Foram movimentados 6.500 toneladas, principalmente de melão, o que deu trabalho seguro a 300 trabalhadores ligados aos sindicatos de estivadores, conferentes e arrumadores.
A esperança do presidente do Sindicato dos Estivadores, Lenilton Caldas, é que essa posição se mantenha este ano. “Rezamos para isso”, disse ele.
Hoje, o porto de Natal opera principalmente cargas de saída, já que trigo e componentes de geradores eólicos estão entre os poucos produtos que entram.
Em entrevista exclusiva ao Agora RN, o maior exportador de frutas do País, Luiz Roberto Barcelos, da Agrícola Famosa, admitiu que a maior parte da exportação melão das fazendas da empresa transferiu-se do porto de Pecém, no Ceará, para Natal, devido à escassez hídrica naquele estado.
Toda a vez que a Agrícola Famosa redireciona suas exportações para o porto local o resultado influencia diretamente na balança comercial do RN e, consequentemente, no ganho dos trabalhadores portuários.
A prova disso é que, na última safra, o terminal potiguar exportou o equivalente a US$ 236,6 milhões em frutas, enquanto o porto cearense movimentou US$ 132,8 milhões, uma diferença superior a 70%, o que é um fato absolutamente inédito.
Segundo dados do Ministério da Indústria, do Comércio Exterior e Serviços foram exportados em 2017 pelo RN US$ 304,5 milhões. As importações no período somaram US$ 177 milhões – saldo de US$ 127,4 milhões.
Desse montante, melão exportado pelo Estado faturou, sozinho, US$ 108 milhões (35% das exportações).Foram 163 mil toneladas em 2017 (um crescimento de 43% em comparação a 2016). Com isso, o Rio Grande do Norte foi responsável por 66% das exportações do melão do País, seguido pelo Ceará.
Por Marcelo Hollanda
Nenhum comentário:
Postar um comentário