As principais queixas se referem aos botijões de gás usados pelos vendedores; carrinhos que precisam de fogo para preparar seus produtos e carrinhos estáticos que ocupem espaço a ponto de atrapalhar os transeuntes. Por isso, a Semsur invocou a portaria 019/2012, que trata das prática dos ambulantes em Natal.
No documento, o Executivo expõe a proibição de equipamentos que usem “combustível GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) ou inflamáveis em geral, aptos a causarem explosões; os que utilizem fogo (a carvão ou outro), que contenham água ou óleo fervente; e os que utilizem aquecimento elétrico dos produtos”. Consequentemente, carrinhos que vendem batatas fritas terão de se readequar de alguns forma, ou seus proprietários ficam proibidos de vender.
O ambulante Sandro Oliveira, 28 anos, explicou que a Semsur deu aos ambulantes que ficam na calçada do Natal Shopping 15 dias (12, hoje) para se reajustarem à portaria. Sem saber para onde irá, o comerciante tinha mais perguntas do que respostas. “Vai ficar todo mundo desempregado? Como vamos trabalhar? Como fica o pai de família? O desemprego já é grande. É só organizar, e não tirar as pessoas”, lamentou.
Zilda Maria, 40 anos, sempre utilizou os serviços dos ambulantes da calçada no Via Direta. Ela disse que nunca se sentiu prejudicada pela atividade. “Esse pessoal da prefeitura não tem o que fazer. Nunca houve nenhum acidente por aqui, e nós conseguimos andar com tranquilidade. Eles vão tirar o emprego de muita gente por nada”, criticou.
A reportagem observou a atuação dos servidores da Semsur, que estavam vistoriando as calçadas. Alguns deles discutiram com os comerciantes, referindo-se a eles grosseiramente, na tentativa de intimidá-los. “É vistoria… por enquanto”, ameaçou um dos servidores da Semsur.
A reportagem observou a atuação dos servidores da Semsur, que estavam vistoriando as calçadas. Alguns deles discutiram com os comerciantes, referindo-se a eles grosseiramente, na tentativa de intimidá-los. “É vistoria… por enquanto”, ameaçou um dos servidores da Semsur.
O comerciante Manoel Araújo, 48 anos, crê que a Semsur e a prefeitura de Natal têm má vontade para resolver a situação. “Tem como regulamentar isso. Todo problema tem jeito. Falta bom senso”, enfatizou.
Por Boni Neto
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