Segundo o diretor do Itep, Marcos Brandão, o laboratório de genética ficará dentro do terreno do complexo da Delegacia Geral de Polícia Civil (Degepol), no bairro de Cidade da Esperança, na zona Oeste de Natal. “A estrutura está praticamente pronta. Iremos instalar os equipamentos e testá-los. Todo o maquinário precisa ser calibrado para que as análises possam ser feitas”, justifica.
O laboratório foi criado após a assinatura de convênio entre o Tribunal de Justiça do Estado (TJRN) e a Secretaria Estadual de Segurança (Sesed). A justiça disponibilizou R$ 1,06 milhão para o serviço. “Já temos a estrutura e os equipamentos. Nós esperamos que até junho já possamos realizar os primeiros exames”, explica Marcos Brandão.
A partir daí, com o início dos trabalhos, os laudos de identificação poderão feitos em até 20 dias. Atualmente, um dos corpos guardados nas câmaras refrigeradas do Itep aguarda reconhecimento genético há um ano. Além da identificação humana, o laboratório também fará exames de paternidade solicitados pelo Poder Judiciário.
Um dos cadáveres que aguarda identificação é o da estudante Iasmin Lorena de Araújo, de 12 anos, morta no último dia 28 de março, no bairro da Redinha, na zona Norte de Natal. O corpo da jovem só descoberto no último dia 24 de abril. Estava escondido em um imóvel ainda construção, a pouco mais de 200 metros da residência dela. O autor do crime é o pedreiro Marcondes Gomes da Silva, de 45 anos.
Além do possível corpo de Iasmim, os outros 12 cadáveres aguardam da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce). O órgão, inclusive, foi responsável por capacitar seis médicos forenses do instituto de perícia potiguar.
No caso do corpo de Iasmim Lorena, o Itep espera que o resultado seja expedido ainda em maio. O laboratório potiguar vai realizar a coleta de raspagem óssea dos restos mortais da vítima. Depois disso, estas amostras genéticas serão confrontadas com as da mãe, Ingrid Araújo, de 32 anos, pelos pelos peritos cearenses. “O processo vai durar sete dias para a retirada do DNA da estrutura óssea”, aponta Marcos Brandão. A previsão é de que o laudo seja apresentado pela Perícia Forense do Ceará até maio.
O corpo da menina foi encontrado em avançado estado de decomposição. Mesmo assim, o pai a reconheceu, na quarta-feira, 25, após ver roupas e os cabelos. No entanto, necessita da confirmação clínica, por meio do DNA, para a liberação para velório.
“Ela [Iasmin] não tinha registro das impressões digitais e nem mesmo os dados da arcada dentária. Não podemos liberar o corpo apenas pela identificação visual, mesmo com todas as provas apontado para isso, pois este é um elemento secundário no reconhecimento. O DNA é a análise mais precisa para determinar a identidade”, encerra.
Agora RN
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