A quantidade de processos pendentes e a diferença com o número de sentenciados é uma das razões para os crimes de gênero. A relação entre as pendências e as mortes, segundo a advogada Lucineide Freire, presidente da Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio Grande do Norte, está no ato de vingança do agressor e na ausência de garantir a segurança da mulher, mesmo com a existência das medidas protetivas. “É preciso garantir a vida da mulher e ter mais celeridade no processo. Sem celeridade, ela fica mais vulnerável e desacreditada na Justiça”, declarou.
Na teoria, as medidas protetivas foram criadas para evitar que mulheres que denunciam agressão e que estão sob constante ameaças sejam mortas pelos agressores. Em 2017, 1.067 medidas desse tipo foram concedidas pela Justiça do Estado. Um caso comum são os acolhimentos pelas Casas de Abrigo, onde as vítimas ficam hospedadas e recebem atendimento social e psicológico. No entanto, ao saírem de lá, elas voltam a ficar vulneráveis. “Ela sai de casa, vai para o abrigo, cria coragem de denunciar o marido, mas o que garante que ela vai ficar viva? Muitas mulheres morrem com seis, sete ou oito boletins de ocorrência”, continuou Lucineide. Continue lendo aqui...
Tribuna do Norte
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