Atualmente, o Rio Grande do Norte conta com algumas linhas de financiamento cultural, como a Lei Câmara Cascudo e a Lei Djalma Maranhão, mas segundo Diana Fontes, produtora cultural e coreógrafa, a falta de uma política cultural de incentivo e o processo burocrático dos editais dificulta a atuação dos profissionais.
“Os artistas, produtores e investidores culturais precisam criar um projeto, submeter ao edital, esperar que seja aprovado, responder diligências, prestar contas. Eu sinto como se nós estivéssemos fazendo o papel dos gestores”, conta Diana.
Para Babi Baracho, que além de produtora cultural é integrativo do Coletivo Audiovisual Caboré, além da valorização dos artistas, é necessário cuidar dos prédios históricos e culturais do estado. “São mais de 50 prédios sob a responsabilidade da Fundação José Augusto. Muitos desses estão fechados ou em péssimas condições. Os eventos onde os artistas pagam para usar os teatros e museus não vão, nem de longe, salvar esses espaços. Isso é um problema do governo”, afirmou.
Para uma nova gestão, com novas propostas de incentivo para a cultura, Diana espera que a desburocratização desses processos seja uma prioridade. “Espero que o próximo governo convoque uma comissão representativa para que o cenário cultural seja discutido com menos dificuldades e mais prática”, completou a produtora.
Já Babi espera que os espaços disponíveis para os artistas sejam revitalizados através do investimento em novos editais, na gestão cultural e na qualificação dos gestores. “Precisamos de pessoas que saibam o que estão fazendo e pelo que estão trabalhando. Precisamos rever as leis de incentivo, seus mecanismos, funcionamento e, principalmente, o acesso”, concluiu.
Revitalização de espaços onde os artistas possam trabalhar, investimento em editais, na gestão cultural e na qualificação dos gestores. Precisamos de pessoas que saibam o que estão fazendo e pelo que estão trabalhando. Precisamos rever a Lei de Incentivo Estadual (Câmara Cascudo), seu mecanismo, funcionamento, e, principalmente, o acesso.
Agora RN
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