“Cerca de 450 assessores parlamentares e técnicos serão exonerados, porque não se tem dinheiro para pagá-los. Pessoas que vivem exclusivamente deste valor não terão mais salário”, afirmou em entrevista concedida à Rádio 96FM.
A professora se mostrou contrária também ao projeto que visa a aumentar em 22% a verba dos gabinetes da Câmara. Para a parlamentar, o valor atual (R$ 18 mil por mês ou R$ 216 mil ao ano) já é exagerado, visto que os vereadores sequer chegam a alcançar metade desse montante em seus gastos. Segundo ela, não há necessidade dos recursos serem acrescidos ainda mais.
“Sempre achei um exagero cada vereador ter mensalmente R$ 18 mil de gabinete. Ao longo de janeiro a novembro utilizamos, sem muitas preocupações, R$ 72 mil. Usamos 36% do total dessa verba. Ary Gomes [vereador do PDT], por exemplo, usou apenas 28%. Então, como se aumenta uma verba que já é razoável e generosíssima?”, questionou.
Eleika, consequentemente, vê uma incompatibilidade nas matérias votadas. Ela aponta que, se os funcionários comissionados da Câmara serão exonerados por não ser possível pagá-los, a Casa erra ao aprovar um projeto que prevê um aumento na verba dos gabinetes dos parlamentares.
“Ao mesmo tempo em que se estão exonerando 450 cargos, aparece um projeto para estourar a verba para o próximo ano. A crise que acomete o Brasil, o RN, Natal e a Câmara não vai ser resolvida rapidamente. Então, a quem interessa esse aumento? Para quê isso? É tremenda irresponsabilidade”, disparou a parlamentar.
As verbas de gabinete servem para custear, dentre outros itens, combustível, telefone, material de expediente, assessoria contábil e jurídica. Em caso de sobras, o dinheiro é retornado à administração da Câmara.
Por fim, Eleika voltou a reclamar da quantidade de comissões presentes na Câmara. “Houve um aumento de 70% de comissões do ano passado para cá. Algumas funcionam, outras não. Algumas comissões têm 15 assessores, outras apenas um. Está muito desarrumada a Casa”, concluiu.
Agora RN
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