De acordo com o delegado José Carlos, que comanda a Delegacia Regional de Nova Cruz e realizou a prisão, as investigações tiveram início em 2015. A vítima, já casada e com 17 anos naquela época, contou ao marido o que havia lhe acontecido e ele procurou a polícia.
O delegado informou que o suspeito começou a abusar da filha quando ela tinha 10 anos. “Ele começou a contar histórias pra ela, de pais que se relacionavam com os filhos, colocando coisa na cabeça da menina”, afirma José Carlos.
O homem se aproveitava dos momentos em que estava sozinho com a menina em casa e a levava para uma área de mato no quintal da residência, na zona rural da cidade. “Ele a ameaçava de morte, para que não contasse nada a ninguém”, conta o delegado.
Aos 12 anos a garota engravidou do próprio pai. “Quando a barriga começou a crescer, ele inventou uma história que a menina arrumou um namorado na rua e que o filho era desse namorado”, revela José Carlos. Já no final da gravidez, a garota contou à mãe o que havia ocorrido, contudo nenhuma providência foi tomada.
Depois que o bebê nasceu, relata o delegado, o suspeito viajou até Natal e deu a criança para pessoas ainda não identificadas.
Uma irmã mais velha da menina abusada contou à Polícia Civil em depoimento que, também quando tinha 10 anos, sofreu investidas do pai. “Ela disse que, aos 13, para se livrar do assédio, arrumou um marido e saiu de casa”, disse José Carlos.
Ao todo, a família é composta por seis irmãs. As demais negaram à polícia que tenham sofrido qualquer abuso do pai. Segundo o delegado José Carlos, a mãe das garotas também será ouvida, visto que tomou ciência da situação durante a gravidez e não denunciou o caso.
O suspeito foi detido sob mandado de prisão preventiva e encaminhado à Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, Grande Natal. Em depoimento, ele confessou o crime à polícia, contudo colocou sobre a criança a responsabilidade das relações que manteve com ela.
A menina que teve um filho do pai atualmente tem 19 anos e é casada. Entretanto sofre com transtornos psicológicos e toma remédios controlados em virtude do trauma. A polícia não tem informações a respeito do paradeiro da criança doada na capital potiguar.
A menina que teve um filho do pai atualmente tem 19 anos e é casada. Entretanto sofre com transtornos psicológicos e toma remédios controlados em virtude do trauma. A polícia não tem informações a respeito do paradeiro da criança doada na capital potiguar.
Com informações do G1/RN