segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Corpo de Bombeiros do RN reforça alerta para prevenção de afogamentos

O verão ainda não começou oficialmente, mas o Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte mantém o alerta aos banhistas para que tenham atenção redobrada a fim de se evitar afogamentos nas praias, rios, lagoas e piscinas do Estado. Neste final de semana, o CBMRN registrou três óbitos por afogamento: na praia do Forte, Camurupim e no município de Santa Maria. O Corpo de Bombeiros tem trabalhado na orientação dos banhistas, no monitoramento e no pronto atendimento em situações de risco.

O comandante do Grupamento de Busca e Salvamento, capitão Roberto Oliveira, explica que crianças na praia requer atenção redobrada. Elas são rápidas e estão em um ambiente aberto, cheio de estímulos. Basta um piscar de olhos e pronto, a criança desaparece em meio ao mar de guarda-sóis. “Não se deve, jamais, entrar em lugares mais profundos sem saber nadar”, afirma. Se alguém estiver em risco, deve-se jogar uma corda, um pneu, um pedaço de madeira ou qualquer outro objeto que flutue para que o banhista possa se apoiar.

Em relação ao mar, todo cuidado é pouco e o alerta vale para todos os banhistas, de qualquer faixa etária. Não é somente o mar agitado que oferece riscos: muitas vezes as correntes marítimas mudam em questão de minutos, transformando o mar calmo em um cenário perigoso até mesmo para quem sabe nadar. Um grande ponto de risco são as “correntes de retorno”.
“Toda vez que o mar sobe em direção à praia, as ondas se formam, quebram, chegam na areia e retornam ao mar. Neste retorno, elas sofrem resistência de outras ondas que estão vindo e buscam uma saída. Com este movimento, vão escavando a areia e criando valas mais profundas. Olhando de longe, parece uma área calma dentro do mar. Não há ondas e isso chama a atenção dos banhistas. Mas ali é justamente o ponto mais perigoso. Na dúvida, é melhor pedir orientação aos guarda-vidas”, explica o comandante.

Além de prestar atenção à sinalização na beira do mar, outro ponto fundamental é saber como agir em uma situação de risco dentro da água. “Se o banhista estiver em uma corrente de retorno e tentar nadar contra, não vai conseguir chegar à praia e ainda se desgastará fisicamente. A força da puxada é maior. 

Recomendamos que a pessoa mantenha-se o mais calma possível, faça flutuação e espere a corrente levá-la para outro ponto. Se for nadar, sempre na diagonal à praia, nunca na perpendicular”, destaca o capitão.

Outro erro muito comum é tentar salvar alguém que está se afogando: “A melhor forma de ajudar é pedir por socorro, acenando para o guarda-vidas; e tentar jogar algum objeto flutuante que esteja por perto para a pessoa segurar. Jamais tente ir ao encontro dela, mesmo se souber nadar – aí serão duas pessoas em risco”, reforça o oficial.


O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte alerta para os cuidados ao entrar na água.

– Não superestime sua capacidade de nadar. Avalie as consequências de um possível incidente


– Em água doce ou salgada, prefira banhar-se em locais rasos e sem correnteza

– Se notar que está sendo arrastado por uma dessas correntes, mantenha-se calmo e tente acenar ou gritar por socorro enquanto nada transversalmente (para o lado, em vez de para o raso)

– Não tente salvar pessoas vítimas de afogamento sem estar habilitado. Neste caso, lance algum objeto que a ajude a vítima a flutuar e acione guarda-vidas ou a emergência pelo telefone 193

– Crianças exigem cuidado redobrado. Não as perca de vista

– Sempre que possível, opte pelo uso do colete salva-vidas ao invés de objetos flutuantes

– Nunca nade após ingerir bebidas alcoólicas, alimentos ou se estiver passando mal ou com frio

– Antes de mergulhar, certifique-se da profundidade. Um acidente pode provocar sequelas irreversíveis

CBM/ASSECOM

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