quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Exames que indicariam autoria da morte de Mica Ferreira são inconclusivos

Mais de três meses após o assalto que deu errado em uma galeria comercial situada na Avenida Ayrton Senna, em Nova Parnamirim, no município metropolitano de Parnamirim, não há informações por parte da perícia técnica que indiquem de onde partiu o disparo fatal que tirou a vida da barbeira Micaela Ferreira Avelino, de 26 anos. Ela, que trabalhava no local, foi feita de refém por assaltantes que tentavam roubar o dinheiro de caixas eletrônicos existentes no interior do mini-shopping.

O assalto foi frustrado quando os vigilantes da empresa de transporte de valores no local reagiram à ação dos criminosos. Em meio à troca de tiros, a jovem e o bandido que a mantinha como escudo humano foram mortos.

O caso ocorreu na tarde do dia 13 de julho deste ano. O que já se sabia era a causa específica do óbito da jovem. Segundo a assessoria de imprensa do Itep divulgou no final de agosto, “Mica”, como era conhecida pelos amigos e familiares, teve um “edema e hemorragia cerebral decorrente de ferimentos no crânio provocados por disparos de arma de fogo”.
Ontem, o Itep informou que há cerca de uma semana o exame balístico foi, finalmente, concluído. O resultado, contudo, é inconclusivo. Não foi possível determinar de que arma partiu o disparo fatal. A justificativa é a de que o material coletado na cena do crime não foi suficiente para os peritos darem um parecer.

O resultado é inconclusivo, pois a perícia encontrou no local do crime apenas balins, e não projéteis completos, disse o Itep, via assessoria de imprensa. Balins são pequenas bolas de metal usadas em espingardas calibre 12 – mesmo tipo usado pela segurança armada de transportes de valores, mas também popular entre assaltantes. No corpo da jovem foi encontrado, ainda segundo o órgão pericial, um fragmento de projétil. Ele estava alojado na cabeça da vítima, mas assim como ocorreu com os balins, não foi suficiente para determinar de onde ele partiu.

“Estava muito deteriorado, por isso não houve vestígios fidedignos para o exame de microcomparação”, afirmou comunicado enviado pelo Itep ao NOVO.
O exame balístico demorou bem mais do que o necrológico. Enquanto a causa da morte da jovem foi descoberta semanas após o assassinato, a segunda perícia técnica só foi finalizada cerca de três meses após. Isso se deve pela alta demanda existente no órgão pericial, que informou em agosto que estava dando preferência aos casos onde a fase de relaxamento de prisão por causa da falta de provas técnicas já estava próxima, e outros casos que, por lei, seria preciso se dar prioridade, que são casos que envolvem menores, gestantes e idosos.

O caso gerou grande comoção em todo o estado. Micaela morreu quando assaltantes de um carro-forte tentavam levar dinheiro de malotes que abasteciam caixas eletrônicos de uma galeria nos cruzamentos das avenidas Abel Cabral e Ayrton Senna, em Nova Parnamirim, onde a jovem trabalhava.

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