segunda-feira, 20 de novembro de 2017

“A interferência política complica o trabalho da Polícia Militar”, diz oficial

Major Antoniel Moreira, presidente da Associação de Oficiais de Militares do Rio Grande do Norte, durante ebtrevista
Acumulando problemas que vão desde a falta de efetivo até aparelhamento sucateado, a Polícia Militar padece de melhorias básicas para fazer com efetividade segurança pública. Na contramão do crescimento da criminalidade, os policiais se vêem com equipamentos cada vez piores para levar segurança à população. Sem concurso público há 13 anos, a promessa do Governo é que um edital para mil vagas seja publicado ainda este ano.

Há quatro anos a frente da Associação de Oficiais Militares do Rio Grande do Norte, o major Antoniel Moreira indica os principais problemas enfrentados pela PM, e os caminhos para que a situação seja amenizada. Para o major, a interferência política nas questões técnicas - que vão desde a indicação de cargos de comando até a elaboração de programas de combate a violência – também atrapalha o trabalho. “Não adianta crescermos o efetivo e não ter acompanhado a isso uma estrutura adequada”, disse Moreira. Confira a entrevista.

A crise na Polícia Militar não é nova, na sua opinião, o que deixou de ser feito para que a situação se agravasse ao longo dos anos?

Enquanto o governo não entender que a atividade militar é diferente, e tratar os militares como devem ser tratados a luz da constituição, a gente vai ter problemas. Por exemplo, o comando da PM tem que estar livre de interferência para designar os seus comandos subalternos. Infelizmente isso é recorrente no Rio Grande do Norte e não é um problema de agora, isso ocorre há muitos anos. Essa interferência política complica. Outro fator extremamente importante é a falta de orçamento. A PM sofre com o pouco orçamento para cumprir as suas missões. Se o oficial, comandante da respectiva comunidade, tivesse capacidade orçamentária para gerir as necessidades de sua unidade, ele era um grande líder da sua tropa e a atividade associativa iria se preocupar mais em cuidar da parte social do PM, e hoje acontece exatamente o inverso. A associação se preocupa com as condições de trabalho do policial militar, uma das nossas brigas é essa.
 Veja a entrevista completa aqui...

Tribuna do Norte

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