quinta-feira, 15 de março de 2018

“Estamos horrorizados, tristes e chocados”, diz Robério sobre morte de vereadora no RJ

O professor universitário Robério Paulino, um dos líderes do PSOL no Rio Grande do Norte, lamentou a morte da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), assassinada a tiros na zona Norte do Rio de Janeiro na noite desta quarta-feira, 14. As primeiras investigações do crime apontam que Marielle foi vítima de execução.

Robério pediu apuração rigorosa do crime. “Estamos horrorizados, extremamente tristes e chocados. A que ponto chegamos? Exigimos uma apuração muito rigorosa, pois isso não pode crescer, não pode virar uma escalada de violência. Tudo leva a crer que se tratou de uma execução pela ação política de Marielle”, destacou.

Quinta vereadora mais votada nas eleições de 2016, Marielle denunciava na Câmara Municipal do Rio a onda de violência na capital fluminense e ações truculentas de policiais. Um dia antes de ser morta, ela publicou nas redes sociais uma mensagem na qual criticava a ação da PM em uma comunidade carioca. “Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?”, escreveu no Twitter.
Para o professor Robério, a atuação política de Marielle pode explicar a motivação de seu assassinato. “Ela era de uma comissão da Câmara que foi formada para acompanhar a intervenção no Rio. Ela era crítica à forma como a intervenção vem acontecendo e tinha denunciado, três dias antes de morrer, que a polícia tinha feito repressão em uma comunidade e jogado os corpos de dois jovens em uma vala. Não estamos acusando [policiais], mas queremos apuração rigorosa”, acrescentou.

Robério também criticou a disseminação de “discursos de ódio”, uma das razões que, segundo ele, resultaram no assassinato de Marielle. “Precisamos de um outro olhar sobre a segurança. Há um crescimento muito grande de discursos de ódio pelo país, principalmente nas redes sociais. Vemos inclusive candidatos estimulando esses discursos, que só levam a isso aí [morte de Marielle]. Temos que buscar uma situação de tolerância e diálogo”, finalizou.

A Polícia Civil do Rio deu início às investigações do crime ainda durante a madrugada. Nesta quinta-feira, 15, o ministro Raul Jungmann (Segurança Pública) vai ao Rio de Janeiro acompanhar as apurações. O Governo já anunciou que vai colocar a Polícia Federal à disposição das autoridades fluminenses para investigar o homicídio.

Agora RN

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