quarta-feira, 9 de maio de 2018

Henrique Alves não fará política “de qualquer espécie”, afirma defesa do ex-ministro

Marcelo Leal, advogado do ex-ministro Henrique Eduardo Alves (José Aldenir)
Já está definido: ex-deputado federal, ex-presidente da Câmara dos Deputados e ex-ministros dos governos Dilma Rousseff e Michel Temer, Henrique Eduardo Alves não fará política “de qualquer espécie”. A confirmação foi dada pela defesa do, agora, ex-político e faz parte de uma decisão pessoal de Henrique e não tem relação direta com a autorização para ele sair da prisão. E esse “qualquer espécie”, inclusive, se refere a campanha eleitoral dos primos, Garibaldi Alves Filho (MDB) e Carlos Eduardo Alves (PDT), candidatos este ano ao Senado e ao Governo do RN.

“Henrique não fará política de qualquer espécie, apesar de não haver qualquer limitação para isso”, afirmou o advogado Marcelo Leal, que acompanha Henrique Alves no processo que ele responde em Brasília.

O advogado esclarece que a decisão de liberdade, concedida na semana passada, pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília, está condicionada a que ele não mantenha contato com denunciados naquele processo, que são Lúcio Funaro, Eduardo Cunha, Alexandre Marbotto e Fabio Cleto.

O advogado descartou também que houvesse qualquer impedimento, como chegou-se a comentar, que Henrique estivesse proibido de ter contato com os senadores José Agripino Maia (DEM) e Garibaldi Alves Filho (MDB), que estão ligados a Operação Lava Jato. “O caso não tem absolutamente nada a ver com Lava Jato”, esclareceu o advogado.

Henrique Alves é réu em duas ações, uma em Natal, resultante da Operação Manus, que investiga desvio de recursos da construção da Arena das Dunhas; e outra em Brasília, consequência da Operação Sépsis, que investiga desvios da Caixa Econômica Federal.

A denúncia feita (e já aceita pelo Supremo Tribunal Federal) contra José Agripino é referente, também, a supostos desvios de recursos na Construção da Arena das Dunas. Já a denúncia feita contra Garibaldi (ainda não aceita pelo STF), diz respeito a irregularidades da Transpetro.

Por Ciro Marques

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