domingo, 29 de julho de 2018

Henrique Alves: "Não serei candidato este ano, serei um eleitor, um torcedor"

Henrique Eduardo Alves, ex-deputado federal e ex-ministro
Após onze meses de prisão preventiva e um mês de reclusão domiciliar, o ex-presidente da Câmara, ex-deputado e ex-ministro Henrique Eduardo Alves (MDB-RN) afirma que está fora de qualquer disputa ou articulação política que envolva as eleições 2018. “Estou totalmente voltado para a minha defesa”. Henrique fala pela primeira vez após sair da prisão. Na conversa, se declara inocente das acusações de corrupção e afirma que não tem definições sobre seu futuro político.

Prisão

“Vivi um momento muito difícil. Onze meses em uma prisão preventiva sem, sequer, ter uma condenação, quando a própria lei determina que a prisão preventiva é de, no máximo, quatro meses. Dá para imaginar o sentimento de injustiça, de revolta e, quase sempre, de profundo sofrimento. Sempre contei com muita solidariedade... De minha família, de amigos. E aprendi com meu pai a ser resistente, ser forte, sobretudo quando você se sente injustiçado.” 

Saúde

“Tive a saúde abalada nesse momento de quase isolamento. Tive um processo depressivo grave. E ainda estou saindo dele, com acompanhamento de psiquiatra duas vezes por semana, com medicação bastante intensa. Mas com força divina, graças a Deus, consegui manter a força interior, a fé inabalável de que tudo aquilo iria passar.” 



"Esses momentos difíceis foram importantes para eu me voltar e descobrir a força da fé. Não conhecia essa força… Hoje, conheço e a minha fé agora é inabalável.

Judiciário e MP

“Tive do Judiciário um tratamento equilibrado. Testemunhas foram ouvidas - por exemplo - de acusação escolhidas pelo Ministério Público (ao qual não atribuo má fé, mas desinformação). E, talvez, tenha saído desses depoimentos de acusação a minha maior vitória. Mais de 20 testemunhas de acusação - indicadas a dedo pelo Ministério Público - se transformaram em testemunhas de defesa. Pois todas me inocentaram de qualquer prática ilícita. Alí, foi um momento muito emocionante que vivi, que me deu muita alegria. E depois os depoimentos dos outros réus e de suas respectivas testemunhas, todas elas, sem exceção, se transformaram em defesa. E eu contava, cinco a zero, dez a zero, vinte a zero… Foi tudo a zero. E a isso eu atribuo a decisão da prisão domiciliar; em Brasília, em segunda instância, a liberdade; e, mais recentemente, a decisão de liberdade no processo daqui (Justiça Federal - RN). Agora vou me dedicar à defesa final, com a qual espero que seja feita Justiça.” Continue lendo aqui...

Tribuna do Norte

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